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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Le fabuleux destin d'Amélie Poulain


Bendita seja a pessoa que inventou os filmes! É incrível como nós esquecemos da nossa realidade e mergulhamos nessas histórias alheias, que depois acabam virando nossas também.

Vou explicar como conheci a história da senhorita Poulain. 

Meus amigos adoram brincar de adivinhar os nomes dos filmes através da mímica (sai cada loucura). Em uma dessas brincadeiras eu ouvi pela primeira vez: "O fabuloso destino de Amélie Poulain". Gravei o nome porque me chamou muita atenção e parecia ser um filme sobre alguém muito importante, só que nunca fui atrás pra saber do que se tratava. Por esses tempos, Kleris, minha querida amiga que sabe de tudo em quanto, me indicou um filme muito bacana chamado "Meia-noite em Paris" (você pode baixá-lo nesse link aqui). O filme conta a história de um jovem escritor que passa férias em Paris e que sempre à meia-noite - em um passe de mágica - ele se reporta à Paris dos anos 20 e se encontra com os mais célebres escritores da época (muito louco né?! Ok, história para outro post). Parei pra pensar que alguns desses autores eu nunca tinha ouvido falar e outros já são figurinhas mais ou menos carimbadas, aí bateu a curiosidade de saber mais sobre eles. Se informar sobre os clássicos é sempre bom. A 'epifania final' foi semana passada, quando fui a livraria e encontrei um livro (a saber, "O grande Gastby" do F. Scott Fitzgerald) de um dos autores citados no filme. Na volta pra casa, relembrando "Meia-noite em Paris" e outros filmes cults, meu cérebro fez uma sinapse me lembrando da Amélie Poulain, que é um clássico do cinema francês e eu ainda não tinha assistido (espero que vocês estejam conseguindo fazer o link das coisas porque nem eu entendi direito como meu cérebro fez essa ligação). Cheguei em casa e fui logo procurando ele pra baixar e... é simplesmente FASCINANTE.


O filme parece meio estranho no começo, o narrador vai falando umas coisas que parecem não ter sentido nenhum. E é tudo narrado tão rápido que parece que nem vai dar tempo de acompanhar. Só depois dá pra ver que ele está contando coisas sobre o dia em que Amélie nasceu. 

Sinopse: A história é sobre uma menina que cresceu isolada das outras crianças. Isso porque seu pai achava que Amélie possuía uma anomalia no coração, já que este batia muito rápido durante os exames mensais que o pai fazia na menina (ele era médico e a consultava em casa mesmo). Na verdade, Amélie ficava nervosa com este raro contato físico com o pai (ele era avesso a carinho), por isso, e somente por isso, seu coração batia mais rápido que o normal. Seus pais, então, privaram Amélie de frequentar a escola e de ter contato com outras crianças. Sua mãe, que era professora, foi quem a alfabetizou. Ela faleceu quando Amélie ainda era menina. A família era tão neurótica que até o peixinho de estimação já tinha tentado se suicidar várias vezes porque não aguentava mais viver com eles (HAHA! Essa parte é bem cômica). Sua infância e a morte prematura da mãe influenciaram fortemente o desenvolvimento de Amélie e a forma como ela se relacionava com as pessoas e com o mundo. Já adulta, mudou-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começou a trabalhar como garçonete no café Deux Moulins. Certo dia, ela faz uma descoberta que muda completamente sua vida e, consequentemente, a vida das pessoas ao seu redor. Ela descobre seu destino.

É claro que eu não vou contar qual a descoberta de Amélie e os fatos seguintes, vou deixar vocês mesmos descobrirem (não teria graça eu contar tudo aqui).

Não tinha muito contato com as produções francesas (na verdade, nenhum contato), mas esse filme tem um ritmo empolgante. É suave, leve e gostoso de ver. Os estratagemas que Poulain vai bolando para conseguir seus objetivos são muito divertidos e inteligentes. Sua percepção, criatividade e ingenuidade são cativantes. A linda atriz Audrey Tautou caiu perfeita nesse papel. A primeira coisa que me chamou atenção nela foi o corte de cabelo e os olhos (beleza incomum), ela consegue transmitir tudo só no olhar. Detalhe que o diretor do filme a escolheu para o papel principalmente por causa desse olhar. Ela também fez outo filme francês chamado "Coco antes de Chanel", que conta a história da estilista francesa. Tautou está novamente magnífica nessa produção (vale a pena assistir também).

Amélie tem uns gostos 'diferentes', porém muito especiais. E eles são o seu refúgio. Mergulhar as mãos em sacas de cereais na mercearia, quebrar a crosta açucarada do crème brûlée com a colher e atirar pedrinhas na água, só para vê-las ricochetear, são os principais. Ela valoriza aquilo que a maioria despreza e também tem a mente muito fértil.


Não dá pra parar de prestar atenção em nenhum momento e o filme gera uma expectativa enorme sobre os próximos acontecimentos. É uma comédia romântica sem mostrar logo de cara que é uma comédia romântica (ops, spoilers! Ok, vocês vão conhecer o Nino de qualquer jeito mesmo). Não só Amélie, mas todos os outros personagens tem características tão marcantes e são retratados de uma maneira tão viva que é impossível não gostar do filme (as fotos das viagens do anão de jardim do pai de Amélie são as melhores).

Espero tê-los contagiado com a felicidade que é Amélie Poulain. E aqui vai o meu trecho favorito:





- Ela parece distante... talvez seja porque está pensando em alguém.

- Em alguém do quadro?

- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.

- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.

- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.

- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem? 



P.S.: Descobri que tem filme de "O grande Gatsby". Parece que estreou esse ano e é com Leonardo DiCaprio. 


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Always



"Wherever you go, I will find you.
I will always find you, I will always protect you.
I promise."

- Prince Charming

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Thank you!

Seguindo o exemplo de Vanessinha e Kleriss, aqui está minha versão :D

Monografia: "A onipotência do destino em A Hora da Estrela, de Clarice Lispector".


AGRADECIMENTOS


Primeiramente, agradeço a Deus por toda inspiração, não somente neste trabalho, mas em toda vida. És o maior tesouro que possuo, e minha vida é uma canção de amor pra Você.
Aos meus pais, Fernando e Ana, por serem um porto seguro, incentivando, amando e não medindo esforços para tornar os meus sonhos possíveis. Obrigada por não me deixarem desistir quando eu pensei que não havia mais saída. Meu irmão Gustavo, por ser tão alegre e contagiar minha vida. Posso não expressar em palavras, mas você é um dos melhores amigos que tenho. Minha cunhada Dani, por ter sempre com um sorriso no rosto, me fazendo pensar que não devo desanimar diante de uma circunstância ruim. Aos demais familiares, vó Domingas, tio Zaca, Círia, Franklin, por todo apoio e por acreditarem que eu sou capaz. Aos tios, Wilson e Cândida, por me apresentarem à Recife onde viveu Clarice Lispector. Foi uma alegria imensa conhecer o lugar onde ela morou.
Minha orientadora, Profª. Ma. Dinacy Mendonça Corrêa, pela disposição em aceitar essa orientação e pela atenção dedicada à mesma. Sua vivacidade e competência são admiráveis. Espero tê-la contagiado com Clarice.
Aos professores, Malthus e Nataniel, por tanta genialidade nas aulas de literatura e português no período de E.M.. Nunca conheci professores tão maravilhosos quanto vocês. Motivaram-me a mergulhar na busca pelo conhecimento.
Aos companheiros incansáveis, Adrielly, Phablo, Emília, Alzira e Natanna, por todos os sonhos acadêmicos compartilhados no terceirão. Consigo lembrar-me das nossas carinhas preocupadas, pensando se íamos passar no vestibular ou não. Hoje, me orgulho ao ver que todos amadureceram e alcançaram seus objetivos.
Aos mestres do “Palácio das Letras”, Iranilde Almeida, Vanda Rocha, Sílvia Furtado, Jorge Borges, Priscila Viégas, entre outros, que contribuíram, com seus conhecimentos e experiências, na formação de profissionais competentes. Vocês nos fizeram viajar pelas teorias mais loucas e a ter a idiossincrasias mais profundas.
Às minhas amigas Deyse, Klerianne e Lays, por todo companheirismo durante esta jornada. Sem vocês não seria possível chegar até aqui quando os momentos foram difíceis. Deyse, a pequena “deysesperada”, mas de coração tão grande. Eu escolhi ficar ao seu lado até o fim e não me arrependo de nada. Até nossos gostos literários (Caio F. Abreu e Clarice) tinham algo em comum. É muita sintonia mesmo. Kleris, sempre propondo viagens regadas a muita maçã e Club’s Sociais. “Sorria e acene” garotinha, você surpreende a todos com tanta criatividade. Seu potencial vai além do que os olhos podem ver. Lays Crystinne que, entre “frangos fritos e farofas”, alegrou as minhas tardes e as viagens de BR 135. Sua espontaneidade e ousadia tornam de você uma pessoa impossível de esquecer.
Aos amigos que chegaram, mas não ficaram, Jefferson Maciel, Rubens, Marynelle, Danmara, Lizandra e Mizraim. Vocês fazem parte de cada momento “brilhante” dessa turma. Encenar Lisístrata ao lado de vocês foi uma honra.
À minha turma, Letras 2008.2, nós fomos as primeiras a deixar as tardes do Cecen mais bonitas. Vocês me ensinaram que, apesar das diferenças, as pessoas conseguem perdoar, conviver, amadurecer e batalhar por um objetivo comum. Infelizmente, as minhas tardes nunca mais serão as mesmas sem vocês.
Aos amigos, Eduardo e Kalil, por tornarem a turma 2010.2 (noturno) minha segunda sala. As aventuras linguísticas foram as melhores.
Aos meus “twitteiros” preferidos: @Nessabyme (Vanessa), @wendelvinicius (Wendel), @dianaa_ms (Diana), @Paulavelar (Ana Paula) e @lukazferreira (Jorge Lucas). A diversão dos bastidores foi o que deu ânimo para continuar esse trabalho. Vocês são brilhantes e merecem sucesso.
À outra parte do cordão, Mayara, Jakeline, Lohany, Calil, Leonardo Lima, Adelson, Jéssica, Kalynna, Will, Ruth, Larissa, Juliana, João Vitor e tantos outros que fazem parte da família mais linda e abençoada da face da terra. Don’t go to church, BE the church! Juntos somos melhores. Minha vida não seria completa sem vocês.
À Profª. Ma. Silvia Maria Antunes Furtado, por me apresentar à Clarice Lispector com tanto entusiasmo. Por todos os conselhos, serei sempre grata.