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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Encomenda do Olimpo

Meu primeiro contato com esse fenômeno de vendas surgiu bem por acaso mesmo. Olhando minhas comunidades no Orkut, descobri uma que em particular chamou minha atenção: Percy Jackson e os Olimpianos.

Não me lembro de ter adcionado essa comunidade?

A curiosidade bateu à porta e fui pesquisar sobre. Sou fascinada pela mitologia grega, então ao descobrir a série, dá pra imaginar qual deve ter sido minha reação. Como tenho uma amiga que tem uma biblioteca particular com livros para os mais variados gostos - né Deyse?! - descobri que ela tinha posse dessa interessantíssima obra e pedi emprestado. A leitura é sensacional, empolgante e vibrante. O autor americano Rick Riordan é escritor e ex-professor de Inglês e História, ele já está escrevendo uma nova série do Acampamento meio-sangue, chamada de Heróis do Olimpo. O lançamento do primeiro livro, intitulado "O Herói Perdido", está previsto para 12 de outubro de 2010, no verão americano. Tenho que confessar que não sou muito dada a livros da modinha infanto-juvenil, mas esse é totalmente digno de ser apreciado. Pra quem gosta de mitologia, aventura e literatura fantástica, essa é uma boa pedida. O enredo parece ser totalmente real e por várias vezes nos sentimos o próprio Percy. Ele é espontâneo e irônico, não tem como não gostar dele. Deixo aqui um dos meus trechos favoritos:

"Na caixa registradora encontrei vinte dólares, uns dracmas de ouro e algumas guias de remessa do Expesso Noturno de Hermes, cada qual com uma pequena bolsa de couro anexa, para moedas. Vasculhei o restante do escritório até encontrar uma caixa do tamanho certo.
Voltei para a mesa de pequenique, encaixotei a cabeça da Medusa e preenchi uma guia de remessa:

Aos Deuses
Monte Olimpo,
600º andar,
Edifício empirite State
Nova Yorque, NY

Com os melhores votos,
PERCY JACKSON

- Eles não vão gostar disso - advertiu Grover. - Vão achá-lo impertinente.
Coloquei algumas dracmas de ouro na bolsa anexa. Assim que a fechei, veio um som como o de uma caixa registradora. O pacote flutuou para fora da mesa e desapareceu com um pop!
- Eu sou impertinente - disse."

[RIORDAN, Rick. O Ladrão de Raios, cap. 11, p. 194 -195]

terça-feira, 27 de abril de 2010

Era fim de tarde

Sabe aquela sensação que sentimos no final da tarde? De que mais um dia se passou e não vai voltar, das coisas que você poderia ter feito e não fez, dos momentos bons e maus que devemos agradecer a Deus, e acima de tudo, a esperança de que o amanhã lhe reserva algo bem maior e melhor. Quando estamos aflitos, preocupados e tristes sentimos essa sensação, "fim de tarde". Aquela mesma que você sente quando é criança e é deixado pela primeira vez longe dos pais, ou também quando muda de escola e tudo é novo e você se sente desprotegido. Essa sensação também é a mesma quando terminamos o Ensino Médio, nada mais será como antes porque o "pra sempre" sempre acaba. E agora, o que fazer?

Ande pela fé, mesmo que você não consiga ver o caminho, mas ande pela fé. Mesmo que tudo esteja dando errado, as suas esperanças tenham terminado e você não ache uma saída, ande pela fé. Deus reserva o melhor para aqueles a quem ama.

"Quando eu acordei era fim de tarde, meu lado claro escureceu, um novo sol só de manhã. Faz envelhecer tendo a mesma idade, de tanto que a alma sofreu. Eu sei que gente que tem coragem não finge"

Listening: Walk by Faith; I Still Believe; My Desire - Jeremy Camp

terça-feira, 20 de abril de 2010

As cartas que eu não mando

Uma conversa domingo me fez relembrar o poder que as palavras têm e o impacto que elas causam na vida das pessoas. Essas palavras, na maioria das vezes, são usadas para "tentar" expressar determinados sentimentos que de maneira súbita tomam conta do nosso ser. Em algumas ocasiões elas podem ser expressadas verbalmente, com liberdade; e as pessoas - ou a pessoa - a quem elas são direcionadas são contagiadas pelo mesmo sentimento que há em nós. Pode ser tão mais fácil falar aquilo que se sente, imediatamente você vê a reação. É tudo mais rápido, tudo acontece ali naquele momento. Já em outras ocasiões, o melhor a se fazer é escrever, as palavras caem melhor na escrita, você reflete sobre cada palavra usada, pré-meditando as reações que serão causadas no destinatário. Há pessoas, como eu, que se expressam bem melhor através das cartas, dos bilhetes, dos cartões e etc. As coisas são reveladas com plena sinceridade, o que não aconteceria, no caso dos tímidos, com tanta facilidade em uma conversa a dois, frente a frente.

E também há aqueles sentimentos, planos e idéias que passam pela nossa mente e pelo nosso coração que não devem ser revelados, ficam apenas fazendo parte dos nossos sonhos ou escritos em cartas não lidas e diários guardados, mas que mesmo assim precisavam ser expressados a nós mesmos para que acreditássemos que aquilo é verdade. São as cartas que não mandamos, as que contém as revelações dos mais profundos sentimentos, e são justamente essas cartas sem destinatário(s), as que mais marcam as nossas vidas.

Cover me with the red sky tonight, the promise of a better day to come. Sing over me an angelic symphony, tell me everything will be alright with the red sky tonight

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Pedagogia da Malandragem

Não tem como falar de Brasil e não falar do "jeitinho brasileiro", aquela maneira fácil de resolver as coisas. Todo brasileiro que se preze sempre resolve as coisas "daquele" jeitinho. Levante a mão quem nunca usou de métodos ilegítimos para se livrar de situações indesejadas ou para alcançar uma dádiva? - Eu sinceramente espero que alguém tenha levantado a mão, pelo amor de Deus! -. Para recordá-los, citarei algumas façanhas que ocorrem no cotidiano de um típico brasileiro.

"Alô você que pega a carteira de estudante do seu irmão, do vizinho, da irmã da sua amiga e até da sua mãe que já terminou a faculdade faz tempo, tudo isso só pra pagar meia no cinema. Ao pai que quer fazer um cartão de crédito mas o nome já está mais do que carimbado no SPC, portanto resta colocar o filho e arranjar um contra- cheque onde o pequeno herdeiro ganha 325 reais por mês e nem sabia (a mesada rendeu heim?!). E por último você, que tem uma tia juíza e é colocado para trabalhar com ela ganhando trocentos mil por mês e gasta o dinheiro todinho na boa, afinal, mora com a avó e não tem nenhuma despesa mesmo (haja nepotismo!).

Então, de onde herdamos essa característica tão peculiar? Sinto-lhes informar - e acho que essa é a melhor das notícias - mas, NÃO, o jeitinho brasileiro não é genético. Mas afinal, de onde veio tanta habilidade para a malandragem? Creio que essa explicação requer uma retrospectica histórica, e é claro que não poderíamos deixar de fazer menção àqueles que mudaram os rumos de uma colônia esquecida. Nossos "queridos" colonizadores portugueses, aqueles tão bem lembrados nas rodinhas de piadas. É meus caros, já dizia Christhoper Lee: "As pessoas fazem a História, mas raramente se dão conta do que estão fazendo".

Ao fugirem para o Brasil, fizeram questão de ensinar os colonos "a moda portuguesa", e para isso fizeram uso de sua pedagogia tão bem sucedida, afinal, não é qualquer um que enrola o maior estrategista de guerra já visto até então e ainda por cima se alia a maior potência mundial que estava emergindo. O prócer D. João deu um "jeitinho" de fazer com que a França acreditasse que os teria como aliados, tudo isso para que os franceses não invadissem o país e ele não fosse destronado. Enquanto isso ele raciocinava uma estratégia para se sair bem nessa situação e também negociava com a Inglaterra sua fuga para o Brasil, o que o príncipe regente não sabia se era o melhor a fazer.

O que podíamos esperar como legado de uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta que enganou Napoleão e que raspou os cofres públicos ao fugir, deixando a população ao 'Deus dará'? Já dizia minha avó: "Vocês só a prendem o que não presta". Parece que foi isso que os portugueses nos ensinaram e nós, como bons alunos, aprendemos direitinho a lição. Que 'grande' exemplo de pedagogia e aprendizagem.

Camarão que dorme a onda leva

Bem que poderíamos ter seguido por uma caminho melhor não é?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Um Poema: Nanda

O frenezi do mundo
muitas vezes nos perde,
vidas cruzam nossos caminhos diariamente,
elas simplesmente passam,
quando as avistamos já estão longe.
São como palavras ao vento,
sem valor, sem sentido.

Mas há aquelas que são como sementes,
crescem pouco a pouco e assim seguem,
quando nos damos conta, lá estão
firmes e fortes como raízes.
Ficam em nossos corações
e nos acompanham para sempre,
pois lá estão, bem ao lado
à frente em qualquer direção.

São realmente pessoas,
na essência do ser.
São pessoas que extraem o melhor de você,
pessoas assim como...
Fernanda

Por Rubens S. Belfort